Texto: Abel Castro/Foto: Gil Soares
A notícia do cruel desaparecimento do Paulo Bento chegou-nos à nossa redacção deixando-nos completamente pregados ao monitor do PC.
Nós conhecíamos extremamente bem o Paulo Bento. Era natural de Travassós, mas vivia ultimamente numa artéria da nossa cidade.
Era um adepto incondicional do G.D. Travassós. Sendo ainda uma distância considerável para fazer a pé uma viagem entre o centro da cidade de Fafe e o Campo dos Carvalhinhos, para o Paulo Bento isso não era nada. Porque deslocava-se para o seu clube do coração e nem se lembrava da distância. Dificilmente fazia o percurso a pé, porque o Paulo era um adepto conhecido até pela roupa que vestia. De Verão envergava camisolas do Travassós, de inverno um "Kispo" do clube e então qualquer cidadão comum fazia questão de transportar o Paulo Bento até ao seu destino que era o Campo dos Carvalhinhos.
A sua vida não foi, porém, fácil. Vivia ultimamente com um irmão num apartamento em Fafe, fruto do divórcio dos seus pais.
Bem composto fisicamente, nada fazia prever que na noite de sábado, onde se encontrava na zona industrial, caísse inanimado para sempre. Apesar de socorrido de pronto, o Paulo já estava decididamente virado para o lado de lá, afinal de contas para o lugar para onde Ele o chamou.
Paulo foi director do G.D. Travassós na altura em que Artur Castro era o presidente, e para além disso, uma enorme amizade os uniu para sempre.
O desporto fafense está de luto, infelizmente mais uma vez.
FafeDesportivo espera que o Paulo Bento tenha o lugar que merece, que é, indubitavelmente, sentado à mesma mesa de Deus.
Porque era um cidadão bondoso, educado, prestável, amigo, simpático.
Um abraço grande, Paulinho!
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